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Governo brasileiro atende pedido, e corpo de Juliana Marins passará por nova autópsia

Corpo de Juliana deve chegar ao Brasil nesta terça-feira (1º) e, segundo a DPU, o exame necroscópico deve ser realizado em até seis horas após o desembarqu...

Governo brasileiro atende pedido, e corpo de Juliana Marins passará por nova autópsia
Governo brasileiro atende pedido, e corpo de Juliana Marins passará por nova autópsia (Foto: Reprodução)

Corpo de Juliana deve chegar ao Brasil nesta terça-feira (1º) e, segundo a DPU, o exame necroscópico deve ser realizado em até seis horas após o desembarque, para preservar eventuais evidências sobre as circunstâncias da morte. O relato do alpinista voluntário que arriscou a vida para tentar salvar Juliana Marins A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai cumprir voluntariamente o pedido de nova autópsia no corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A decisão foi comunicada nesta segunda-feira (30) à 7ª Vara Federal de Niterói, após solicitação feita pela Defensoria Pública da União (DPU). O corpo de Juliana deve chegar ao Brasil nesta terça-feira (1º) e, segundo a DPU, o exame necroscópico deve ser realizado em até seis horas após o desembarque, para preservar eventuais evidências sobre as circunstâncias da morte. A decisão de atender com urgência todos os pedidos dos familiares de Juliana partiu de uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou a AGU. Primeira autópsia A primeira autópsia foi feita em um hospital na ilha de Bali, no dia 26. Na ocasião, o legista concluiu que a morte ocorreu após “um trauma”, em um processo que lhe tirou a vida em apenas 20 minutos. O que não ficou claro é em que momento aconteceu essa lesão fatal, já que a jovem foi vista em três profundidades diferentes no penhasco. No entanto, imagens de drones captadas por turistas levantaram dúvidas sobre essa versão e indicam que Juliana poderia ter sobrevivido por mais tempo, sem socorro adequado. A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta não esclareceu o momento exato da morte, o que levou a DPU a solicitar a realização de um novo exame pericial no país. Legistas não esclareceram em que dia Juliana Marins morreu Reprodução/TV Globo 'Colaborar com celeridade e efetividade', diz AGU O procurador-regional da União da 2ª Região, Glaucio de Lima e Castro, afirmou que o governo federal acompanha o caso desde o início, com atenção e solidariedade. Segundo ele, a decisão de antecipar o cumprimento do pedido da Defensoria tem caráter humanitário. “Devido à natureza da demanda, compreendeu-se que a postura mais adequada seria a de colaborar para que as providências solicitadas pudessem ser operacionalizadas com celeridade e efetividade”, disse. A AGU solicitou uma audiência de urgência com a DPU e o governo do Rio de Janeiro para definir as responsabilidades de cada ente federativo. A Polícia Federal já informou que pode colaborar com o traslado do corpo até o Instituto Médico Legal (IML) que for designado. Leia também: Irmã de Juliana Marins fala sobre expectativa em rever o pai: 'Ele está trazendo um pedacinho da memória dela' Dúvida sobre omissão de socorro A principal dúvida em torno do caso é se houve omissão de socorro por parte das autoridades indonésias, o que poderia levar à responsabilização civil e criminal. O corpo de Juliana foi retirado da região do vulcão apenas no dia 24, três dias após o acidente. A nova autópsia no Brasil deve esclarecer se ela morreu imediatamente após a queda ou se resistiu por algum tempo sem atendimento.

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