cover
Tocando Agora:

Rodrigo Bacellar é reeleito presidente da Alerj por unanimidade: 70 a 0

Segundo a assessoria da Assembleia, foi a primeira vez que um presidente foi eleito por unanimidade. Veja a composição da nova Mesa Diretora da Assembleia Leg...

Rodrigo Bacellar é reeleito presidente da Alerj por unanimidade: 70 a 0
Rodrigo Bacellar é reeleito presidente da Alerj por unanimidade: 70 a 0 (Foto: Reprodução)

Segundo a assessoria da Assembleia, foi a primeira vez que um presidente foi eleito por unanimidade. Veja a composição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Rodrigo Bacellar seguirá ocupando a cadeira de presidente da Alerj Reprodução/TV Globo Em uma eleição sem surpresas e candidatura única, Rodrigo Bacellar, do União Brasil, foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para biênio 2025-2026. A votação foi por unanimidade: 70 votos a 0. Segundo a assessoria da Casa, foi a primeira vez desde a fusão do estado que o presidente foi eleito sem um voto contra sequer. Rodrigo Bacellar tem 44 anos e está em seu segundo mandato. Ele foi eleito presidente da casa pela primeira vez em 2023. Como presidente, é o responsável por conduzir os trabalhos legislativos e decidir os projetos que entram em votação. Confira a composição da nova Mesa Diretora da Alerj: Presidente: Rodrigo Bacellar (União) 1º vice-presidente - Guilherme Delaroli (PL) 2º vice-presidente - Tia Ju (REP) 3º vice-presidente - Zeidan (PT) 4º vice-presidente - Célia Jordão (PL) 1º Secretário da Mesa - Rosenverg Reis (MDB) 2º secretário - Dr. Deodalto (PL) 3º secretário - Franciane Motta (União) 4º secretário - Giovani Ratinho (SDD) 1º vogal - Índia Armelau (PL) 2º vogal - Rafael Nobre (União) 3º vogal - Valdecy da Saúde (PL) 4º vogal - Renato Miranda (PL) O voto favorável dos parlamentares do PSOL, que historicamente costumam se abster, chamou a atenção. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a negociação de Bacellar com o partido passou pela mudança na composição da Mesa Diretora, com a saída de Pedro Brazão (União) da primeira vice-presidência, agora ocupada por Delaroli. Pedro é irmão de Domingos e Chiquinho Brazão, presos acusados de serem mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Emenda impositiva A votação unânime é a consequência de uma costura feita ao longo dos últimos meses, que proporcionou uma aliança ampla. Bacellar viu até opositores históricos votarem nele. Para agradar todos os espectros políticos, um trunfo foi colocado em prática ainda no ano passado pela Alerj: a emenda impositiva. As emendas são mecanismos que obrigam o Governo do Estado a aplicar os recursos de acordo com as indicações. Ou seja, todo deputado tem direito a uma parte do orçamento e é ele quem aponta onde a verba deve ser executada. Para especialistas, no entanto, falta transparência para controlar como o dinheiro público é gasto. Alvo de investigações Bacellar é alvo de ao menos três investigações do Ministério Público, como já mostrou o RJ2. Uma delas pelo uso do helicóptero de uma empresa investigada por lavagem de dinheiro e organização criminosa, a Zocar, quando era secretário de Governo. Na época da reportagem, Bacellar disse que "na condição de agente público, preza pela legalidade". Ele afirmou ainda que não tem conhecimento de contratos de terceiros nem vínculo sobre a relação empresarial da Zocar. As outras relacionadas à moradia. Bacellar vive no Rio e tem uma casa na Regão Serrana. Os dois imóveis estão em nome de um empresário que foi beneficiado por um empréstimo junto a uma agência do estado. Por nota enviada à TV Globo quando a reportagem foi publicada, o deputado disse que a cobertura em Botafogo é alugada, que a mansão em Teresópolis foi comprada comprou em processo judicial e que a casa estava prestes a ser leiloada por causa de dívidas. Além disso, o RJ2 mostrou que um irmão de Bacellar, Nelson Bacellar, morava num apartamento em Copacabana que pertence a um outro empresário com contratos no estado. À época da publicação, Bacellar disse que o irmão não é político e tem amizade de décadas em Campos. Todos os casos são investigados pela Procuradoria-Geral da Justiça.

Fale Conosco